O mercado, nos últimos anos, passou por constantes evoluções pelas ofertas e demanda dos clientes em desejar produtos e serviços mais qualificados e que de fato, atendessem suas necessidades.
O cashback, por exemplo, é uma das fidelizações mais bem-vistas do mercado e pode gerar grandes impactos positivos e também negativos, caso a empresa não saiba adotar estratégias para o seu negócio.
Neste artigo, você vai entender como essa nova tendência está inserida no mercado e previsões futuras para empresas do ramo brasileiro. Vamos lá?
Como o cashback surgiu no mercado?
O termo pode parecer novo, mas suas aparições iniciaram na década de 90 nos Estados Unidos e na Europa. A pioneira a utilizar esse modelo de fidelidade foi a Ebates, fundada em 1998, mas anos depois foi vendida a empresa Rakuten.
Apesar disso, a empresa só ficou conhecida em 2019 e sua ideia era aderir a um programa que fosse de recompensas e que superasse os programas existentes de pontos naquela época.
A empresa adotou essa fidelidade por meio do cartão de crédito no qual a empresa operadora do cartão de crédito comprava pontos de lojas parceiras, o cliente efetua suas compras nessas lojas, recebe pontos de volta em sua conta bancária, crédito para adquirir novos itens, ou mesmo desconto no pagamento de boletos.
Dito isso, a tendência se tornou atrativa no mercado na pandemia, pois muitos países tiveram que passar pelo isolamento social, inclusive o Brasil, então, as lojas tiveram que se restruturarem e atender aos clientes no modelo digital.
Feito isso, muitas lojas investiram no cashback para que seus clientes pudessem comprar de forma segura e ainda quando comprassem, pudessem ter o cashback de volta conforme a porcentagem adotada pelo estabelecimento.
Como essa nova tendência pode ajudar o varejo?
O cashback, por mais que seja uma tendência nova no Brasil, ganhou força durante a pandemia e tem se estabelecido até o momento, e está ganhando espaço principalmente no varejo online.
Segundo Patricia Cotti, diretora executiva do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR), no Brasil, alguns sites já disponibilizam o benefício. “O Cashback é uma maneira de fidelizar o cliente, que muitas vezes prefere receber o dinheiro de volta do que um desconto. “Psicologicamente, para aquele consumidor talvez o valor em real seja mais vantajoso do que outro benefício”, explica Cotti.
De acordo com um levantamento da Cuponomia, o mercado de cashback movimentou R$ 11 bilhões em 2022, um aumento de 10% no volume de negociações em relação ao ano anterior.
Esse crescimento é pela educação do consumidor em procurar melhores oportunidades para se beneficiar com suas compras. A praticidade em comprar sem sair de casa e receber pelo produto, também se tornou um item fundamental aos consumidores. Dependendo do tipo de varejo e valor da compra, o frete nem é cobrado.
“O consumidor está cada vez mais educado digitalmente, buscando as melhores oportunidades de compra. Pensamos muito nisso, buscando entregar os melhores cupons e cashbacks num lugar só”, indaga Ivan Zeredo, diretor de marketing do Cuponomia.
Empresas que oferecem cashbacks aos clientes são mais apelativas às compras, especialmente no comércio eletrônico. Como o programa devolve parte do dinheiro, clientes são induzidos por essas ofertas, podendo receber até 10% do valor da compra.
Quais impactos o cashback gera no mercado?
É notório o crescimento no varejo online no período pandêmico e no pós-pandêmico, o mercado ainda se mantém aquecido, mas com um consumidor muito mais cauteloso quando o assunto é compras.
Muitos penderam seus empregos e tiveram que se reestruturar conforme conseguiam e, para minimizar os impactos causados pelo coronavírus, as compras tiveram de ser reduzidas, porém, buscaram novas maneiras de economizar por meio de suas compras, e o cashback foi um grande aliado nisso.
Deste modo, ganhar um valor de volta, seja em qualquer compra, traz uma satisfação e tanto ao consumidor, pelo modo de sentirem que estão ganhando uma recompensa em decorrência de suas ações.
Conforme os meses passam, o mercado está se reestruturando novamente e aderindo a novos meios de manter os consumidores ativos e adquirindo mais produtos e serviços, e assim, impactando diretamente na inflação.
Uma explicação para esse controle dos consumidores é através da pesquisa realizada pela Consultoria Toluna. Ela mostra que 75% dos consumidores reduziram suas compras e foram buscar maneiras de fazer o dinheiro render mais, e a resposta para isso foi o cashback.
Embora gastassem um certo valor, receberiam um pequeno saldo em troca dessa compra, podendo revertê-la em novas compras ou pagar outros itens, como contas, por exemplo.
Dados da mesma pesquisa, apresentaram que 49% das pessoas relatam que a alta dos preços no Brasil impactam diretamente no seu dia a dia. Neste contexto, os brasileiros foram procurar maneiras de economizar e conseguir passar por cima dos impactos causados pela inflamação.
“Os consumidores tendem a prestar mais atenção nas oportunidades que proporcionem economia. O cliente enxerga isso de uma maneira muito interessante, porque traz liquidez no curto prazo e ele pode usar esse valor como preferir”, afirma o diretor executivo da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), Paulo Curro.
O cashback é uma forma de driblar o aumento da inflação, conquistar e também fidelizar o cliente. Henrique Tavares, analisa fundamentalista da DV aponta informações valiosas quanto à inflação do país.
“No cenário de alta de inflação, estratégias de cashback são ferramentas importantes para manter a engrenagem girando e auxilia, portanto, a manutenção dos volumes de vendas. No entanto, o cashback adiciona mais consumo de margem para o negócio.
Neste caso, é preciso que as empresas se mantenham diligentes em sua estratégia financeira, evitando impacto significativo no consumo de caixa, fundamental para atravessar momentos de crise”, aponta o analista.
O apontamento foi feito também por Alessandro Rapanelli, head de meios de pagamento da Terra Investimentos. Segundo ele, ações como cashback têm um custo de investimento e, neste caso, é fundamental estar bem estruturada às estratégias da empresa, pois, do contrário, não passará de uma linha de custo.
“O investimento de cashback aumenta consideravelmente o tráfego de clientes e, consequentemente, as vendas. Dentro de uma estratégia definida, pode trazer para a varejista aumento de faturamento, aumento de base, maior relacionamento, entre outros, mas requer alinhamento com a estratégia da companhia”, conclui Rapanelli.
Portanto, o cashback é uma excelente alternativa para as empresas, contudo, seguindo a linha de raciocínio dos especialistas, as empresas devem estabelecer estratégias quanto ao negócio e na visão de crescimento, pois quando não alinhados, podem desestruturar o negócio e trazer complicações.
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